Neal Cassady foi um herói romântico, uma espécie de pioneiro americano e talvez o mais genuíno beat de todos os tempos. Segundo Jack Kerouac, "O cara perfeito para a estrada, já que nasceu na estrada, quando seus pais estavam passando por Salt Lake City em 1926...".
Cresceu em Denver, Colorado. Filho de um pai alcoólatra, não tinha moradia fixa. Ainda na adolescência passou a roubar carros por diversão e foi parar em reformatórios. Saído de um deles em 1947, casou-se com Luanne, uma garota de 16 anos e foi para Nova York onde conheceu Jack Kerouac por meio de Hal Chase. Conseguiu a simpatia imediata de Jack quando lhe pediu que ensinasse tudo sobre a arte de escrever. Jack, por sua vez, encontrou em Neal a energia que faltava para dar impulso a seus anseios. Se impressionou com a energia de Neal, com seu encanto sobre as mulheres e sua espontaneidade e vontade de viver. Cassady foi embora de Nova York em março de 1947, acompanhando Jack Kerouac em sua viagem e foi imortalizado, posteriormente, como Dean Moriarty, o herói de "On the road".
Na primeira metade da década de 60, Neal se juntou a Ken Kesey como motorista do insano ônibus dos The Merry Pranksters. Em 1967, Cassady viajou para o México com amigos e morou numa casa situada à beira da praia, palco para dias e noites regados a LSD. Neal Cassady morreu em 1968, em decorrência de uma mistura fatal de drogas e álcool (para muitos uma mistura proposital), logo após sair de uma festa de casamento, sozinho em meio ao deserto.
Uma frase, retirada do "On the road", que define um pouco como eu vejo Neal Cassady:
Ele [Dean Moriarty / Neal Cassady] estava atingindo suas decisões taoístas de uma maneira simples e direta. “Qual é a sua estrada, homem? – a estrada do místico, a estrada do louco, a estrada do arco-íris, a estrada dos peixes, qualquer estrada... Há sempre uma estrada em qualquer lugar, para qualquer pessoa, em qualquer circunstância. Como, onde, por quê?” Concordamos gravemente sob a chuva.
Ele [Dean Moriarty / Neal Cassady] estava atingindo suas decisões taoístas de uma maneira simples e direta. “Qual é a sua estrada, homem? – a estrada do místico, a estrada do louco, a estrada do arco-íris, a estrada dos peixes, qualquer estrada... Há sempre uma estrada em qualquer lugar, para qualquer pessoa, em qualquer circunstância. Como, onde, por quê?” Concordamos gravemente sob a chuva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário