19 de mai. de 2009

Geração Beat






















A Geração Beat está repleta de histórias lendárias. Da mistura do Jazz, religiosidade, drogas, sexo, poesia e a busca incansável pela iluminação. “Qual é o lance?” eles se perguntaram e saíram em busca de sua verdade, muitas vezes perdendo-se em sua própria busca desenfreada vagando de um lado para o outro da América, seus integrantes caminharam pelas ruas sujas e iluminadas recriando os heróis do passado, o velho oeste, os pioneiros que fizeram história, assim como estes transformando suas histórias em mitos modernos que ultrapassariam suas próprias vidas. Emitiram um uivo de desespero, muitas vezes delirando, indo parar na prisão ou no manicômio, eles abandonaram reputação, carreira e estabilidade na tentativa de resgatar suas próprias almas, querendo fazer ver a todos que o materialismo não sacia a fome do homem, pregavam a revolução das mochilas nas costas e pé na estrada numa época onde ainda era possível ser inocente e ter esperança.
Jack Kerouac foi o maior ícone desta geração e pagou o preço por ter sido modelo de uma espécie de anti herói americano. Movido pela necessidade vital de se expressar escreveu com seu próprio sangue livros de prosa e poesia, linhas que transformaram vagabundos, bêbados, prostitutas, junkies e toda a fauna de foras da lei em santos existencialistas.
Ligados aos grandes poetas malditos do passado os Beats tentaram transformar a literatura, suas vidas e sua sociedade. As mudanças proporcionadas por eles não se limitam apenas ao campo da literatura, mas diz o respeito também a mudança de comportamento. Muitos questionaram o valor dos Beats justamente por este fator comportamental, justificando-se no fato de que suas vidas chamavam mais atenção e que sua literatura era superestimada. Hoje esse preconceito não existe mais e seus livros são motivos de estudo em universidades do mundo todo.

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