Estou na reta final para finalizar as páginas do gibi (gosto de me referir assim aos álbuns de histórias em quadrinhos) Mujer en Blanco. Ele vai ser lançado no ano que vem em Buenos Aires, pela editora independente Dead Pop.
Quando o roteirista argentino Damián Connelly me apresentou o argumento, eu curti logo de cara. A história gira em torno de um homem desesperado para manter uma mulher sobre seu poder, para escraviza-la e satisfazer os seus desejos mais impuros. A trama é repleta de segredos que vão sendo revelados pouco a pouco. Uma história inventada, uma mulher sem memória. O mistério de uma mulher nua na floresta. Uma violação. Uma nova vida. Uma casa no lago. Além disso, considerei esse trabalho como um grande desafio, porque o roteiro exigia uma elaboração e controle da narrativa muito além do que eu já havia feito até então. Outro fato novo para mim foi o de criar em parceria com um roteirista, porque, até então, eu mesmo escrevia e desenhava minhas próprias histórias. Foi bom, tenho aprendido bastante.
Tomara que um dia o mercado nacional de HQs permita que roteiristas e desenhistas brasileiros consigam viver exclusivamente do seu trabalho. No dia em que isso acontecer veremos uma explosão incrível de histórias geniais pipocando por todos os lados. Isso já está acontecendo, claro, tenho visto coisas de cair o queixo, dos mais variados estilos, surgirem dia após dia, mas imagine quando tivermos um mercado sólido. É claro que ninguém deve esperar isso acontecer para produzir. Portanto, sigamos trabalhando.
Abaixo o processo do desenho para a capa:
O design final da capa foi feito pelo Hernán Gómez.
É isso, por enquanto.
Um abraço!
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